Vergonhoso é uma palavra suave para classificar o que se passou na 6ª prova do Campeonato de Portugal de Kartcross, a cargo do Clube Automóvel de Vila Real.
Numa Prova onde o nosso piloto voltou a demonstrar a sua regularidade nas corridas de qualificação e nos tempos por volta, fomos “brindados” com a desqualificação na Q3, onde por coincidência, ou talvez não, tínhamos alcançado o 1º lugar no somatório das 3 corridas e por inerência a pole position para a Final. Tudo isto porquê? Supostamente, por uma ultrapassagem antidesportiva, com base num artigo inexistente, visto não remeter para qualquer Prescrição Específica, Código Desportivo ou outro qualquer Regulamento.
Estranho também, é o piloto que foi ultrapassado, ter assumido que hesitou e abriu a sua trajetória, por isso foi ultrapassado, não identificando qualquer manobra antidesportiva por parte do nosso piloto, estranhamente o Diretor de Prova não acreditou no visado e decidiu apresentar a proposta de penalização (com base no tal artigo inexistente – 20.1.6), ao CCD, que aceitou. Mais estranho ainda, é a aplicação de uma desqualificação por manobra antidesportiva, a um dos pilotos reconhecidos pela maioria, de ser bastante correto em pista. Aliás, com tantos toques e incidentes ao longo das várias provas do Campeonato de Kartcross, esta foi a 2ª desqualificação que ocorreu. Estranho, não é? Continuando no reino das situações estranhas desta Prova, é na Final termos levado uma pancada violenta na traseira do kartcross no final da reta da meta, que nos arremessou contra o espanhol Mikel Vilas e nos impediu aos dois de continuar, mas aqui não houve qualquer penalização, são os tais “toques inevitáveis”. Estranho? Esquecimento? Dualidade de critérios? Ou algo mais?
É tão bom ter amigos nos locais certos…
Este é um Campeonato sobre a égide da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, com licenças desportivas e inscrições pagas pelos pilotos/equipas, onde se exige algum profissionalismo por parte dos intervenientes e não dualidade de critérios e erros ou amadorismo por parte dos intervenientes. Equipas e pilotos fazem um grande esforço financeiro e pessoal. Estas provas, já não se coadunam com o “eterno porreirismo de beber uns finos e comer umas bifanas”, típico de uma corrida de carrinho de rolamentos, organizada por uma qualquer associação, no âmbito das festas locais, isto sem qualquer desprezo para essas mesmas associações.
Já diz o velho ditado, “quem não se sente, não é filho de boa gente”.
Para finalizar e como por vezes no campo desportivo não se pode ter opinião e dizer algumas verdades (aqui foram apenas algumas), pois surge logo um processo e uma penalização, este artigo não uma declaração do piloto, é sim uma reflexão de um dos membros da equipa, pelo que será assinado por mim.
José Carlos Figueiredo (Licença FPAK – PT 19/0286)
Para esta prova, a equipa contou com os apoios de: A Oficina – Borgesport; JC Automóveis; Qbeiras Energia; Câmara Municipal de Nelas; Ana Mendes – Mediação Imobiliária; Caminhos Cruzados; Maciça; Officelan; Junta de Freguesia de Nelas; Opção Atual – Consultores de Gestão; Planus; Auto Mecânica Ideal de Nelas – Posto GALP; Movsteel, arte em inox; OMB – Grupo Óptico; Grafinelas; Transportes Penacovense; Monumentos & Paisagens; Beirajardins; Radiadores Viseense; News Motor Sports; Artes & Letras, Papelaria; THD; PauloPinto74 e Nuno Dinis Photos.